quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Milu



Olá, eu sou o Ricardo e ando na escola. Esta semana tivemos de escrever um texto sobre o nosso animal de estimação. Eu não tenho animal de estimação mas escrevi o texto na mesma. A professora gostou.
Este é o meu texto:

O meu vizinho tem um gato. Esse gato às vezes vem para a minha casa, a ver se lhe dou algo para comer. Quando me vê, roça-se pelas minhas pernas, a miar. Eu já sei o que ele quer: vou à cozinha, procuro uns restos de comida e dou-lhos. Ele come. Depois volta a roçar-se em mim, todo satisfeito.
O gato chama-se Milu. Milu é o nome do cão do Tintim. Também é o nome da personagem feminina de um livro que a minha mãe tem. Eu não conheço a história do livro, nunca o li, mas a minha mãe diz que a enerva ouvir o vizinho a chamar Milu ao gato, que a Milu do livro dela não merecia que dessem o seu nome a gatos, muito menos a gatos feios como aquele…
A minha mãe não gosta de gatos, não os suporta. Quando o Milu vem a minha casa ter comigo, ela diz que lhe faz impressão ver-me a fazer-lhe festas na cabeça. Mas eu gosto de gatos e gosto do Milu, que é o único gato que conheço.
Eu gostaria de ter um mas a minha mãe não deixa, diz que sou alérgico. Eu acho que quem é alérgico é ela. Ela não me deixa estar muito tempo com o Milu mas eu brinco com ele sem ela ver.
A minha mãe diz que sou alérgico a gatos por causa da asma, mas eu nunca tive uma crise quando estou com o Milu. Ela diz que é porque estou pouco tempo de cada vez e é sempre no quintal, ao ar livre; se fosse dentro de casa, no meu quarto, por exemplo, já era capaz de ter e por isso é que não posso ter um gato. 
Talvez a minha mãe tenha razão. É melhor não insistir, porque não quero mesmo ter uma crise de asma. É horrível e eu não gosto, custa muito e às vezes até tenho de ir ao hospital.
Por isso vou brincando com o Milu, sempre que posso. Mais vale que nada. E o meu vizinho não se importa que o Milu me faça visitas.

Felipa Monteverde (texto fictício)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Aniversário do Pequeno Príncipe!!!!!

(Imagem do Google)



Já é tarde da noite,
aqui até já é novo dia
mas não poderia deixar de vir
neste dia de alegria
desejar felicidades
e dar muitos parabéns
a um menino tão lindo
que hoje aniversaria!

Parabéns, Pedrinho, pequeno Príncipe!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Dia da Criança


Hoje é o Dia da Criança, no Brasil.
Para todos os meninos e meninas desse país maravilhoso desejo um dia muito bem passado, seja na escola, em casa ou noutro sítio qualquer.

Para as crianças que estão internadas em hospitais, ou para aquelas que estão em casa com dói-dói, os meus desejos de rápidas melhoras, logo logo vai passar.

Beijinhos do tamanho do mundo para todas!


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Os três sacos vazios


Era uma vez uma menina, chamada Carolina, que vivia com a avó numa casinha que ficava no meio do bosque. Eram muito pobres, mas boas pessoas e amigas de toda a gente.
Um dia, Carolina ia a caminho da feira com uma cesta de ovos para vender, quando encontrou um pobrezinho que lhe disse:
- Dá-me esses ovos.
- Não posso – disse ela – que são para vender na feira e dar o dinheiro à minha avó.
Mas o pobrezinho disse outra vez:
- Dá-me esses ovos, que eu tenho fome.
Então Carolina teve pena dele e deu-lhe os ovos.
O pobrezinho deu-lhe um saco vazio e disse-lhe que só o abrisse em casa.
Quando a menina chegou a casa contou à avó o que tinha acontecido e mostrou-lhe o saco que o pobre lhe tinha dado.

A avó não ralhou com ela, porque também tinha pena dos pobrezinhos, mas não fez caso do saco e meteu-o numa gaveta.
Dali a dias Carolina ia novamente à feira para vender ovos. Pelo caminho voltou a encontrar o mesmo pobre, que lhe voltou a dizer:
-Dá-me esses ovos.
- Não posso, que são para vender – respondeu.
Mas o pobrezinho disse:
- Dá-me esses ovos, que eu tenho fome.
Então Carolina teve de novo muita pena dele e deu-lhe os ovos. O pobrezinho voltou a dar-lhe um saco vazio e disse-lhe que só o abrisse em casa.

Quando Carolina chegou a casa contou à avó o que tinha acontecido, e a avó não ralhou com ela, mas meteu o saco numa gaveta e não fez mais caso dele.
Dali a alguns dias voltou a acontecer o mesmo e Carolina voltou a casa outra vez com um saco vazio.
A avó da menina não ralhou com ela, mas disse que assim elas é que tinham de pedir esmola, pois já não tinham dinheiro nem ovos para vender.
A avó disse a Carolina que fosse à aldeia e que levasse um daqueles sacos vazios, a ver se lhe davam esmola.

Carolina pegou num saco e lembrou-se de que o pobre lhe tinha dito que o abrisse em casa. Abriu-o e começou a sair de lá muita comida, ela e a avó comeram e ficaram sem fome.
Então Carolina foi buscar os outros sacos para ver o que continham. Abriu um e de lá saíram vários vestidos iguais aos das princesas. Ela vestiu um e a avó vestiu outro e ficaram muito bonitas.
Carolina abriu o último saco e de lá saiu um príncipe, que lhe disse:
- Obrigado, minha boa menina, por teres quebrado o meu encanto. Fui encantado por um feiticeiro e metido dentro de um saco e só poderia ser desencantado por uma menina muito boa, que tivesse muita pena dos pobrezinhos.
O príncipe voltou depois para a sua terra e deixou com elas os dois sacos mágicos que tinham comida e vestidos.
A menina e a avó nunca mais passaram fome e davam muitas esmolas aos pobres que lá iam pedir. Andavam muito bem vestidas e ainda davam roupa aos pobrezinhos que andavam mal vestidos e com frio.
Entretanto, Carolina foi crescendo e tornou-se uma linda rapariga.
Um dia, o príncipe andava à caça por aqueles lados e lembrou-se de as visitar. Quando viu que Carolina era agora uma rapariga muito bonita apaixonou-se por ela e pediu-a em casamento. Ela disse que sim, pois nunca se esquecera dele.
Quando os dois casaram, Carolina e a avó foram viver para o palácio. E continuaram a ser amigas de todos os pobrezinhos.


terça-feira, 2 de outubro de 2012

A história preferida do Zezé


Esta é a história que o Zezé ouviu vezes sem conta, a que ele escolhia quando a mãe contava uma historinha para os filhos, antes de adormecerem.
Para o Zezé, aos 4 anos de idade, esta era a mais bonita das histórias.

O MENINO QUE QUERIA UM CARRINHO


 Era uma vez um menino que queria um carrinho, mas a mãe dizia que não lhe dava um carrinho, porque ele o estragaria. Ele prometia que não, que não estragaria, mas a mãe dizia que não acreditava nisso, que ele de certeza estragaria o carrinho.
Um dia a mãe foi à cidade e, para espanto do menino, trouxe de lá um lindo carrinho. E deu esse carrinho ao menino, que nem queria acreditar.
- É para mim? - perguntou.
- É, sim. - respondeu a mãe.
O menino ficou tão contente! Deu um beijo à mãe e foi logo a correr chamar pelo seu amigo João Pedro, para brincar com ele e com o seu carrinho.
Brincaram, brincaram, até que chegou a hora de o João Pedro ir para a sua casa e o menino teve de arrumar o carrinho e ir jantar.
À noite, na cama, adormeceu o menino tranquilamente, abraçado ao seu carrinho.

Felipa Monteverde

sábado, 25 de agosto de 2012

O crocodilo


O crocodilo comeu um chocolate
que lhe tinha dado o Pai-Natal,
e como desejava comer outro
assaltou um Centro Comercial.


Toda a gente fugia ao ver o crocodilo
e era gritaria em toda a parte,
mas ele não ligava nada àquilo
só queria encontrar um chocolate.


Vieram os homens que caçam crocodilos
para o prenderem e levarem para fora...
e nem viram que na boca ele levava quilos
de uma guloseima pela qual se baba e chora!

Felipa Monteverde

Desenhos daqui.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Gentileza da Chica

Mais uma gentileza da Chica:
http://sementinhasparacriancas.blogspot.pt/2012/08/olha-o-cao-olha-o-cao.html


e isso lembra-me de que tenho de escrever mais neste blog, que tem estado esquecido...

quinta-feira, 14 de junho de 2012

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Dia da Criança

Hoje é o Dia Mundial da Criança, por isso desejo

Um feliz 
Dia da Criança 
para todas as 
crianças do mundo!

(imagem da net)

sábado, 28 de abril de 2012

Um desenho de José de Lemos

Este desenho foi oferta do escritor e ilustrador José de Lemos, há muitos anos (33, para ser exacta).

Havia nessa altura um programa infantil na Rádio, que eu ouvia sempre. Para além de contarem histórias e passarem música infantil, costumavam entrevistar pessoas conhecidas e uma vez entrevistaram José de Lemos.
Na semana antes convidavam os ouvintes a escreverem para o programa, colocando questões ao entrevistado. Eu também escrevi e fizeram-lhe as perguntas que fiz.
Nessa carta perguntei ao escritor qual era o seu trabalho e se podia enviar-me uma amostra.
E José de Lemos enviou-me este desenho feito por ele, que ainda conservo.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

O menino que queria ver o Pai Natal


Era uma vez um menino que queria ver o Pai Natal, mas toda a gente lhe dizia que ninguém via o Pai Natal.
Certo dia, o menino foi com a mãe à cidade fazer compras para o Natal.
No Centro Comercial viu o Pai Natal a falar com os meninos e com as meninas e a dar-lhes presentes.
O menino também foi para a beira dele e o Pai Natal pegou nele ao colo e deu-lhe um presente.
O menino deu um beijo ao Pai Natal e tirou uma fotografia com ele.
Quando o menino veio embora com a mãe, trazia a fotografia para mostrar a toda a gente.
O menino estava muito contente.

Mais uma historinha que inventei para os meus filhos. Comecei a inventar depois de já lhes ter contado todas as que sabia e lido todos os livros que havia cá em casa.
Mas as crianças, quando gostam de uma história, querem ouvi-la vezes sem conta e ai se nos desviamos do que contámos anteriormente! Então comecei a escrevê-las num caderno e ilustrava-as com uns simples desenhos. Deste desenho eles riram tanto: é que desenhei o Pai Natal magro!


Eu evitava dar nomes aos personagens, principalmente se eram meninos, pois tinha dois filhos e queria que ambos se identificassem com o menino da história. 
De salientar que estas historinhas lhes foram contadas quando eles tinham 2 e 4 anos.


Felipa Monteverde


quarta-feira, 25 de abril de 2012

Os olhos que não queriam usar óculos


Era uma vez um par de olhos que vivia na cara de um menino.
Eram azuis e muito vaidosos por serem assim, pois toda a gente dizia que eram muito bonitos.

Um dia começaram a ver mal e a mãe do menino levou-o ao oftalmologista. O oftalmologista disse que o menino precisava de usar óculos.

Os olhos, quando ouviram isto, ficaram muito tristes, achavam que iam ficar feios com os óculos.
O doutor disse à mãe do menino que se escolheriam uns óculos bonitos, a condizer com os olhos tão bonitos que o menino tinha.

Os olhos então ficaram mais descansados; e quando se viram ao espelho até acharam que com os óculos ficavam ainda mais bonitos.
O menino foi para casa muito contente, com os óculos novos.


Escrevi esta pequenina história há uns 16, 17 anos, quando os meus filhos eram pequeninos (e o mais novo nem tinha nascido) para lhes contar à noite, antes de dormirem.
Dessa data são também estes simples desenhos.
Estes dias vi um post no blog do Menino João e lembrei-me dela. Procurei nos meus cadernos e encontrei-a. 
Publico-a dedicando-a ao Menino João, um menino muito inteligente e que gosta muito de livros.

Felipa Monteverde

Confira aqui o blog do João.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Ena, quanta gentileza!


Vejam só quanta gentileza da amiga Chica:

http://sementinhasparacriancas.blogspot.pt/2012/04/carochinha.html

Obrigada, Chica amiga, nem tenho palavras para agradecer, fiquei muito feliz!

quinta-feira, 22 de março de 2012

A Carochinha

Andava a Carochinha
Varrendo a sua cozinha
Quando encontrou um tostão
Que brilhava ali no chão.

«Um tostão, ai que riqueza!
Vou a um salão de beleza
Para ficar mais bonita,
E também compro uma fita!»

E como estava tão bela
Lá se foi pôr à janela
A ver as suas vizinhas
Trabalhando, as pobrezinhas…

Carochinha estava rica
E tão bonita, com uma fita
No cabelo a enfeitar
Que até pensou em casar.


«Há noivo prà Carochinha,
Nesse alguém que se avizinha?»
«Ão, ão!» respondeu um cão.
«Contigo não, contigo não!»

«Há noivo prà Carochinha,
Nesse alguém que se avizinha?»
«Miau, miau!» respondeu o gato.
Ela atirou-lhe um sapato!













«Há noivo prà Carochinha,
Nesse alguém que se avizinha?»
«Hi, hó!» respondeu o burro.
«Ai, tu não, que és casmurro!»

«Há noivo prà Carochinha,
Nesse alguém que se avizinha?»
«Hi, hi!» disse um ratinho.
«Anda cá, meu amorzinho!»


Carochinha se agradou
E com o rato casou;
Para a boda festejar
Muitos bolos foi comprar.

João Ratão ficou em casa,
Viu um caldeirão na brasa.
«Que cheirinho, ai que cheirinho!
Cheira a feijões e toucinho!»












Debruçou-se na panela
Caiu para dentro dela!
Chega então a Carochinha
Que já era viuvinha.

Vai à panela, coitada
Pra servir a feijoada…
«Ai, o meu rico maridinho
Na panela do toucinho!»













Chora agora, a Carochinha
Que é rica e viuvinha;
Chora o seu João Ratão
Mais cozido que o feijão.

Chora tanto, a Carochinha
Que é rica e viuvinha;
Chora o seu João Ratinho
Mais cozido que o toucinho.











(Texto e desenhos de Felipa Monteverde)